
Programação Palco
A programação que acontece no auditório do Cultura Artística reúne poetas, jornalistas e pesquisadores ligados ao universo da poesia. A seleção de poetas dessa primeira edição do Festival Poesia no Centro procurou contemplar a vasta gama de vozes, dicções, gerações e procedências que compõem o cenário da poesia brasileira contemporânea.
Entre os cinco convidados estrangeiros, prevaleceu o mesmo norte, ainda que com menor ambição. Reunimos uma poeta alemã, uma argentina, uma estadunidense, uma portuguesa e um poeta irlandês. Seus versos distam mais do que suas origens, e a aposta foi exatamente essa: tentar mostrar que, afinal, a poesia é tão diversa que é impossível não gostar dela.
Esse princípio fundante do festival procura indicar como a curadoria da Megafauna vê a poesia – como espaço da bem-vinda ambiguidade da palavra, em que tudo é permitido ou em que tudo pode ser ensaiado. A poesia que pode ser recitada, cantada, lida silenciosamente, encenada; a poesia que pode ser rimada, pode ser proseada, pode enternecer, divertir ou sacudir. Mas, sobretudo, a poesia como espaço de soberania absoluta da palavra.
Para fazer jus a esse princípio, são poetas que entrevistam outros poetas em boa parte das mesas. Os poetas-mediadores sobem ao palco para ler seus próprios versos e, em seguida, falar de outros poemas, em conversa com os poetas-entrevistados.
A ideia é o que parece: embaralhar tudo e mostrar que a poesia está onde menos se espera e a qualquer momento.
Cultura Artística
Rua Nestor Pestana, 196
Consolação
Palco 1 16 Maio, 17h

Francisco Alvim
conversa com
Alice Sant’Anna e Heitor Ferraz Mello
Um dos maiores nomes da poesia contemporânea brasileira, Francisco Alvim esteve ligado ao grupo da poesia marginal na década de 1970. De lá pra cá, firmou-se como um dos mais inventivos poetas brasileiros, atento à dicção das ruas e à precisão das palavras. Alice Sant’Anna e Heitor Ferraz Mello, dois poetas de gerações distintas à sua, entrevistam Alvim, em conversa que versará sobre seus livros e sua trajetória.
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Francisco Alvim nasceu em Araxá (MG), em 1938. É poeta e diplomata. Foi cônsul-geral do Brasil em Barcelona e Roterdã, e embaixador na Costa Rica. É autor dos livros Sol dos cegos (Olímpica, 1968), Passatempo (Frenesi, 1974), Dia sim, dia não, em coautoria com Eudoro Augusto (Mãos no Bolso, 1978), Festa (Janex, 1981), Lago, montanha (Edição do Autor, 1981), Elefante (Companhia das Letras, 2000) e O metro nenhum (Companhia das Letras, 2011).
Alice Sant’Anna nasceu no Rio de Janeiro, em 1988. É poeta e editora, autora de Dobradura (7Letras, 2008), Rabo de baleia (Cosac Naify, 2013, Prêmio APCA), Pé do ouvido (Companhia das Letras, 2016) e Acrobata (Companhia das Letras, 2024). Em 2018, Aula de natação (Imprensa Nacional Casa da Moeda), volume que reúne seus livros, foi publicado em Portugal.
Heitor Ferraz Mello é poeta, jornalista e professor. Mestre em Literatura Brasileira pela Universidade de São Paulo e professor na Faculdade Cásper Líbero, foi editor da revista Cult, onde assinava uma coluna de crítica. Publicou, entre outros livros, Coisas imediatas (1996), Uma menos (2009) e Meu semelhante (2016), todos pela editora 7Letras.
Palco 2 16 maio, 19h

Cuti, Miriam Alves e Oswaldo de Camargo
conversam com
Fernanda Silva e Sousa
Poetas consagrados, Cuti, Miriam Alves e Oswaldo de Camargo conversam com a crítica literária Fernanda Silva e Sousa sobre seus itinerários poéticos e as dicções distintas de sua poesia, bem como sobre o grupo que os reuniu no início dos anos 1980, o Quilombhoje, que completa 45 anos em 2025 e que se propunha a discutir e aprofundar a experiência afro-brasileira na literatura.
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Cuti, pseudônimo de Luiz Silva, nasceu em Ourinhos (SP), em 1951. É escritor e um dos fundadores do Quilombhoje, coletivo cultural e editora em que atuou de 1980 a 1993. Publicou, entre outros livros, Poemas da carapinha (Edição do Autor, 1978), Flash crioulo sobre o sangue e o sonho (Mazza, 1987), A pupila é preta (Malê, 2020) e a anto-logia de poemas Ritmo humanegrítico (Companhia das Letras, 2024).
Miriam Alves nasceu em São Paulo, em 1952. É escritora, assistente social e professora. Publicou os livros Momentos de busca (Edição da Autora, 1983) e Estrelas no dedo (Edição da Autora, 1985). Seus poe-mas foram publicados em diversas revistas e antologias. Toda sua obra foi publicada em Poemas reunidos (Círculo de Poemas, 2022). Autora homenageada na Bienal Internacional do Livro de Brasília, em 2022, recebeu também o Prê-mio Ubuntu 2024, na categoria Potências Literárias.
Oswaldo de Camargo nasceu em Bragança Paulista (SP), em 1936. É escritor e jornalista. Foi revisor e redator nos jornais O Estado de S. Paulo e Jornal da Tarde. Publicou, entre outros livros, O carro do êxito (Editora Martins, 1972), A descoberta do frio (Edições Populares, 1979) e O negro escrito (Imprensa Oficial, 1983). Atualmente sua obra é reeditada pela Companhia das Letras, por onde saiu também a antologia 30 poemas de um negro brasileiro (2022).
Fernanda Silva e Sousa é crítica literária, tradutora, professora e pesquisadora. Doutora em Letras pela Universidade de São Paulo, ganhou o Prêmio Tese Destaque USP 2024 na área de Linguística, Letras e Artes e o concurso de ensaísmo da revista Serrote em 2023, com o ensaio “Dos pés escuros que são amados”.
Palco 3 16 maio, 21h

Tracy K. Smith
conversa com
Adriana Ferreira Silva e Nanni Rios
Publicada pela primeira vez no Brasil em 2025, a poeta estadunidense Tracy K. Smith é tida como um dos grandes nomes de sua geração, desde pelo menos o lançamento de seu livro Vida em Marte (2011), pelo qual recebeu o prêmio Pulitzer de poesia no ano seguinte. Professora em Harvard, Smith tratará desse livro, da coletânea Uma fome tão afiada e também da situação das universidades em seu país.
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Tracy K. Smith nasceu em Fal-mouth, Massachusetts, Estados Unidos, em 1972. É poeta e professora de Inglês e Estudos Africanos e Afro-Americanos na Universidade Harvard. Publicou, entre outros, The Body’s Question (2023, Prêmio Cave Canem), Vida em Marte (2012, Prêmio Pulitzer) – publicado no Brasil em 2025 pela editora Relicário, com tradução de Stephanie Borges – e a coletânea Uma fome tão afiada, organizada e traduzida por Salgado Maranhão e Alexis Levitin (Malê, 2025).
Adriana Ferreira Silva é jornalista, escritora, curadora e pesquisadora de relações de gênero interseccionais na cultura e no jornalismo. Atuou como correspondente internacional em Paris e ocupou cargos no jornal Folha de S.Paulo e nas revistas Marie Claire, Vogue e Veja SP. Colunista da rádio CBN e do Nexo Jornal, colabora também nas revistas Quatro Cinco Um e Número Brasil.
Nanni Rios é jornalista, livreira, curadora e produtora cultural. É mestranda em Letras na linha de Pós-Colonialismo e Identidade no Instituto de Letras da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Fundou a Livraria Baleia, em Porto Alegre, e assina uma coluna de livros na revista de jornalismo independente Matinal.
palco 4 17 Maio, 11h

Carlito Azevedo e Jussara Salazar
conversam com
Tarso de Melo
Dois poetas de uma mesma geração com projetos poéticos muito singulares e autores de livros engenhosos, Carlito Azevedo e Jussara Salazar leem seus poemas e conversam com o editor e também poeta Tarso de Melo sobre seus livros, os percalços de escrever e seus autores de predileção.
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Carlito Azevedo nasceu no Rio de Janeiro, em 1961. É poeta e tradutor. Publicou, entre outros livros, Collapsus Linguae (7Letras, 1991, Prêmio Jabuti), As banhistas (Imago, 1993), O livro das postagens (7Letras, 2016) e Vida: Efeito-V (7Letras, 2024). Foi editor da revista Inimigo Rumor e ministra oficinas de poesia.
Jussara Salazar nasceu em Pernambuco, em 1959. É poeta, artista visual, tradutora e pesquisadora. Publicou, entre outros livros, Inscritos na casa de Alice (Tipografia do Fundo de Ouro Preto, 1999), Natália (Travessa dos Editores, 2004), Carpideiras (7Letras, 2011), O dia em que fui Santa Joana dos Matadouros (Cepe, 2020, Prêmio Pernambuco de Literatura) e Bugra (Kotter, 2021).
Tarso de Melo nasceu em Santo André (SP), em 1976. É poeta, editor e doutor em Filosofia do Direito pela Universidade de São Paulo. É autor de Íntimo desabrigo (Alpharrabio/ Dobradura, 2017), Rastros: antologia poética 1999-2018 (Martelo Casa Editorial, 2019) e As formas selvagens da alegria (Alpharrabio, 2022), entre outros. Coordena o Círculo de Poemas, coleção de poesia da editora Fósforo.
palco 517 maio, 15h

André Dahmer e Stephen Sexton
conversam com
Alexandra Moraes
Mediados pela quadrinista e jornalista Alexandra Moraes, o poeta irlandês Stephen Sexton e o quadrinista e poeta carioca André Dahmer discutirão o amadurecimento, o luto, bem como as possibilidades de representação poética da masculinidade e do cotidiano.
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André Dahmer nasceu no Rio de Janeiro, em 1974. É artista plástico, poeta e quadrinista. Pelo selo Quadrinhos na Cia. publicou Quadrinhos dos anos 10 e Vida e obra de Terêncio Horto, entre outros. É autor do livro de poemas Impressão sua (Companhia das Letras, 2021). Suas tiras saem diariamente nos jornais O Globo e Folha de S.Paulo.
Stephen Sexton nasceu em 1988, em Dundonald, na Irlanda do Norte. É autor dos livros de poemas Se o mundo e o amor fossem jovens (2019, Prêmio Forward), publicado em 2024 no Brasil pelo Círculo de Poemas (tradução de Ana Guadalupe), e de Cheryl’s Destinies (2021). É professor no Centro Seamus Heaney, da Universidade Queen’s de Belfast. Ocupa, em 2025, a Cátedra Charles A. Heimbold Jr. de Estudos Irlandeses na Universidade de Villanova (EUA).
Alexandra Moraes nasceu no Guarujá (SP), em 1982. Jornalista e quadrinista, é ombudsman do jornal Folha de S.Paulo. Sua série ʺO pintinhoʺ foi publicada em três livros pela editora Lote 42: O pintinho: mais um filho de mãe brasileira (2013), O pintinho: para sempre classe média (2014) e Pinte o pintinho (2015).
palco 6 17 maio, 17h

Leonardo Gandolfi, Lilian Sais e Roberta Iannamico
conversam com
Paloma Vidal
O carioca Leonardo Gandolfi, a paulistana Lilian Sais e a argentina Roberta Iannamico escrevem poemas que, por trás de aparente simplicidade ‒ produzida por olhar que flerta com o da infância, desnaturalizando os objetos, questionando cenas e sensações ‒, criam relações complexas e imagens de grande beleza. Com mediação da escritora Paloma Vidal, os três conversam sobre escrita, perdas, infância, e leem seus poemas.
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Leonardo Gandolfi nasceu no Rio de Janeiro, em 1981. É poeta, editor e professor de Literatura na Universidade Federal de São Paulo. Publicou, pela Lumme, A morte de Tony Bennett (2010). Pela 7Letras saíram seus livros No entanto d’água (2006) e Escala Richter (2015) e, pela Editora 34, Robinson Crusoé e seus amigos (2021) e Pote de mel e outros poemas (2025). Foi editor da Luna Parque Edições e cocriador do Círculo de Poemas.
Lilian Sais é poeta e romancista. Publicou os livros de poesia Motivos para cavar a terra (Cepe, 2022, Prêmio Cepe), O livro do figo (Macondo, 2023) e Palavra nenhuma (Círculo de Poemas, 2024). Também é autora de, entre outros romances, O funeral da baleia (Patuá, 2021) e A cabeça boa (DBA, 2025). Produz e roteiriza o podcast Como o poema, focado nos bastidores da poesia contemporânea escrita por mulheres.
Roberta Iannamico nasceu em Bahía Blanca, na Argentina, em 1972. É poeta, musicista e autora de livros infantis. Publicou, entre outros, Mamushkas (Vox, 1999), Tendal (Deldiego, 2000) e El collar de fideos (Vox, 2001). No Brasil, seus poemas foram reunidos em Quitanda (Capiranhas do Parahybuna, 2024), com organização e tradução de Estela Rosa e Luciana di Leone.
Paloma Vidal nasceu em Buenos Aires, em 1975. É escritora, tradutora e professora de Teoria Literária na Universidade Federal de São Paulo. Publicou, entre outros, Algum lugar (7Letras, 2009), Mar azul (Rocco, 2012), Estar entre: ensaios de literaturas em trânsito (Papéis Selvagens, 2019), Não escrever [com Roland Barthes] (Tinta-da-China Brasil, 2023) e Lugares onde eu não estou (7Letras, 2024).
Palco 7 17 maio, 19h

Ana Martins Marques e Fabrício Corsaletti
conversam com
Fernando Luna
Ana Martins Marques e Fabrício Corsaletti, dois premiados e prolíficos poetas de uma mesma geração, ela mineira, ele paulista, leem seus poemas e conversam com o jornalista Fernando Luna sobre poesia e assuntos tão diversos como o mar, Buenos Aires, cigarros, bares e seus autores de predileção.
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Ana Martins Marques nasceu em Belo Horizonte, em 1977. Graduada em Letras, é doutora em Literatura Comparada pela Universidade Federal de Minas Gerais. Autora de, entre outros, Da arte das armadilhas (2011, Prêmio da Fundação Biblioteca Nacional), O livro das semelhanças (2015, Prêmio APCA), Risque esta palavra (2021, Prêmio APCA, todos publicados pela Companhia das Letras, e De uma a outra ilha (Círculo de Poemas, 2023).
Fabrício Corsaletti nasceu em Santo Anastácio (SP), em 1978. Formado em Letras pela Universidade de São Paulo, é poeta e autor de mais de vinte livros, entre eles Golpe de ar (Editora 34, 2009), Esquimó (Companhia das Letras, 2010, Prêmio Bravo! de Literatura), Engenheiro fantasma (Companhia das Letras, Prêmio Jabuti 2023 de Poesia e Livro do Ano) e La ley del deseo y otras películas (Corsário-Satã, 2023).
Fernando Luna é jornalista. Escreve nas revistas Gama e Quatro Cinco Um. Trabalhou na Editora Abril, foi diretor de projetos especiais da TV Globo, diretor editorial da Editora Globo, e sócio e diretor editorial da Trip Editora. É cofundador da rede de conteúdo jornalístico Mina Bem-Estar.
Palco 8 17 Maio, 21h

Encontro com
Angélica Freitas, Juliana Perdigão e Renato Negrão
A reunião de linguagens diversas marca o encontro entre a poeta gaúcha Angélica Freitas, o poeta e artista visual mineiro Renato Negrão e a musicista Juliana Perdigão, também mineira. Juntos, revelarão como poesia, música e performance, quando compartilhadas no mesmo espaço, podem criar diálogos e construir singularidades.
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Angélica Freitas nasceu em Pelotas (RS), em 1973. Publicou os livros Rilke shake (2007), Um útero é do tamanho de um punho (2012), ambos pela CosacNaify, Canções de atormentar (Companhia das Letras, 2020) e a plaquete Mostra monstra (Círculo de Poemas, 2025). Sua obra foi traduzida para o inglês, espanhol, alemão e francês.
Juliana Perdigão nasceu em Belo Horizonte, em 1979. É compositora, cantora, musicista, produtora, performer e artista sonora. Seu trabalho artístico explora conexões entre som, palavra e performance. Lançou quatro discos, Álbum desconhecido (2012, Natura Musical/YBmusic), Ó (2016, Natural Musical/YBmusic), Folhuda (2019, Red Bull/Selo Circus) e Dúvidas (2020,YBmusic).
Renato Negrão nasceu em Belo Horizonte, em 1968. É poeta, artista visual, compositor e arte-educador. Publicou sete livros de poemas, entre eles, No calo (Edição do Autor, 1996), Vicente Viciado (Rótula, 2012), Odisseia vácuo (SQN, 2017) e Tu comigo & você foi sonhado (Edição do Autor, 2024).
Palco 9 18 Maio, 11h

Prisca Agustoni e Uljana Wolf
conversam com
Sofia Mariutti
Nesta mesa, reúnem-se duas poetas – uma suíça que vive no Brasil e uma alemã que vive entre seu país e os Estados Unidos – que são também tradutoras e cujos poemas embaralham as fronteiras das línguas de origem e destino, e, cada uma à sua maneira, fazem desses deslocamentos espaciais e afetivos o mote de seus poemas, tensionando as noções de origem e de língua materna. Em conversa com a também poeta Sofia Mariutti, Prisca Agustoni e Uljana Wolf falam de migração, língua e poesia.
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Prisca Agustoni nasceu na Suíça e desde 2002 vive no Brasil. É poeta, tradutora, crítica literária e professora de Literatura e Criação Literária na Universidade Federal de Juiz de Fora. Publicou, O mundo mutilado (Quelônio, 2020), O gosto amargo dos metais (7Letras, 2022, Prêmio Cidade de Belo Horizonte e Prêmio Oceanos 2023) e Quimera (Círculo de Poemas, 2025), entre outros livros.
Uljana Wolf nasceu em Berlim, em 1979. É poeta, ensaísta e tradutora. Publicou Kochanie ich habe Brot gekauft (2005), Falsche Freunde (2009), Meine schönste Lengevitch (2013), Etymologischer Gossip (2022) e Muttertask. Gedichte (2023). No Brasil, seus poemas foram reunidos em Nosso amor de trincheira nosso trânsito de fronteira (Moinhos, 2019), que tem organização e tradução de Guilherme Gontijo Flores e Ricardo Pozzo.
Sofia Mariutti é editora, poeta e tradutora, com mestrado em Língua e Literatura Alemã pela Universidade de São Paulo. Publicou os livros de poemas A orca no avião (Patuá, 2017) e Abrir a boca da cobra (Círculo de Poemas, 2023), além dos infantis Vamos desenhar palavras escritas? (Companhia das Letrinhas, 2023) e Tem um gato no frontispício (Baião, 2024).
Palco 10 18 Maio, 15h

Edimilson de Almeida Pereira e Josoaldo da Lima Rêgo
conversam com
Júlia de Carvalho Hansen
Edimilson de Almeida Pereira e Josoaldo Lima Rêgo escrevem poemas pouco ou nada confessionais, fazem versos concisos cuja apreensão jamais é facilitada ao leitor. Aproxima-os, entre outras coisas, a inscrição na tradição cabralina. Nessa conversa com a também poeta Júlia de Carvalho Hansen, eles falam das outras tradições poéticas a que se filiam, de seus livros e das implicações éticas e estéticas de escrever em e sobre um país brutal.
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Edimilson de Almeida Pereira nasceu em 1963, em Juiz de Fora (MG). É escritor e professor-colaborador da Faculdade de Letras da Universidade Federal de Juiz de Fora. Em poesia publicou, entre outros, Poesia + (Editora 34, 2019), O som vertebrado (José Olympio, 2022), A morte também aprecia o jazz (Círculo de Poemas, 2023). É autor dos romances O ausente (Relicário, 2021, Prêmio Oceanos), Um corpo à deriva (Macondo, 2021) e Front (Nós, 2021, Prêmio São Paulo de Literatura).
Josoaldo Lima Rêgo nasceu em Coelho Neto (MA), em 1979. Poeta e geógrafo, publicou, pela 7Letras, os livros Paisagens possíveis (2010), Variações do mar (2012), Máquina de filmar (2014), Motim (2015), Carcaça (2016) e Sapé (2019). Já pela Editora 34, A menor das tempestades (2024). É professor na Universidade Federal do Maranhão.
Júlia de Carvalho Hansen nasceu em São Paulo, em 1984. É poeta e astróloga. Autora de Seiva veneno ou fruto (2016), Romã (2019), ambos publicados pela Chão da Feira, Alforria blues (Quelônio, 2018) e Ano passado (Nós, no prelo).
Palco 11 18 Maio, 17h

Performance com
Adelaide Ivánova, Mirella Façanha e Nash Laila
Apresentação da adaptação teatral do livro Asma, da poeta pernambucana Adelaide Ivánova, resultado de um processo coletivo de adaptação desenvolvido em oficina realizada no Sesc Consolação como parte da programação do Circuito Poesia no Centro. A direção é assinada por Mirella Façanha e Nash Laila. A encenação-performance conta com a participação da autora e dos integrantes da oficina, que entrelaçaram suas histórias pessoais às vivências da protagonista do livro, Vashti Setebestas.
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Adelaide Ivánova nasceu em Recife. É escritora, fotógrafa, jornalista e ativista política. Publicou os livros Polaroides (Cesárea, 2014), O martelo (Garupa, 2018, Prêmio Rio de Literatura), 13 nudes (Macondo, 2019), Chifre (Macondo, 2021) e Asma (Nós, 2024, Prêmio APCA 2025).
Mirella Façanha nasceu em Brasília. Formada na Escola de Arte Dramática da Universidade de São Paulo, é atriz, performer, diretora e dramaturga. Atuou e escreveu a peça Isto é um negro?, apresentada no Brasil, no Chile e em países da Europa. Protagonizou o filme Cidade; Campo (2024, direção de Juliana Rojas).
Nash Laila nasceu em Recife. É atriz, cantora, preparadora de elenco e realizadora teatral e audiovisual. Atuou em séries de TV, longas e curtas-metragens, entre eles, Tatuagem, amor, plástico e barulho (2015, direção de Renata Pinheiro). É integrante da Associação Teat(r)o Oficina Uzyna Uzona. Participou da criação do espetáculo Édipo REC, do grupo Magiluth. É dramaturga e codiretora do espetáculo VIVAS, projeto do grupo TEA, de Caruaru.
Palco 12 18 Maio, 19h

Encontro com
Marília Garcia e Patrícia Lino
O tempo, os mapas, os continentes e as ilhas podem surgir como personagens que ressoam nos poemas rumo ao futuro ou como denúncia de um passado insistente. A poeta carioca Marília Garcia, de modo ensaístico, e a poeta portuguesa Patrícia Lino, lançando mão do humor e da ironia, investigam esses e outros elementos em seus poemas e propõem leituras performáticas de seus versos.
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Marília Garcia nasceu no Rio de Janeiro, em 1979. É poeta, artista e tradutora. Publicou, entre outros, 20 poemas para o seu walkman (7Letras, 2007), Câmera lenta (Companhia das Letras, 2017, Prêmio Oceanos), Parque das ruínas (Luna Parque, 2018), Expedição: nebulosa (Companhia das Letras 2023), todos de poesia. Em ensaios publicou Pensar com as mãos (WMF, 2025).
Patrícia Lino nasceu em Portugal, em 1990. É poeta, ensaísta, performer, tradutora e professora associada de Poesia e Artes Visuais na Universidade da Califórnia em Los Angeles. Entre os seus livros estão, I who cannot sing (Gralha, 2020), Infraleituras da poesia expandida brasileira (Relicário, 2024). Pelo Círculo de Poemas publicou A Ilha das Afeições (2023) e O kit de sobrevivência do descobridor português no mundo anticolonial (2024).
Palco 13 18 Maio, 21h

Encontro de
Carol Dall Farra e Luz Ribeiro
No encerramento do Festival Poesia no Centro, Carol Dall Farra, poeta do Rio de Janeiro, e Luz Ribeiro, de São Paulo, importantes vozes do slam, dividem o palco em uma performance para celebrar a poesia falada feita por mulheres.
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Carol Dall Farra nasceu em Duque de Caxias (RJ). Formada em Geografia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, é poeta, atriz, rapper e slammer. Ganhou o prêmio de melhor atuação do Festival Mix Brasil pelo curta-metragem Mc Jess (2018,direção de Carla Villa-Lobos). Foi uma das convidadas para realizar a primeira batalha de poesia no Rock in Rio (2019).
Luz Ribeiro nasceu em São Paulo, em 1988. É poeta, slammer e produtora cultural. Publicou os livros Eterno contínuo (Selo do Burro, 2013), Espanca/estanca (Quirino, 2017), Novembro: pequeno manual de como fazer suturas (Quirino, 2020), Sonhos e esperanças (Quirino, 2022) e Do naufrágio ao mergulho: ou poemas de iniciação (Jandaíra, 2024). Em 2024, lançou o álbum musical Poeta esquema novo.