Black music: free jazz e consciência negra, Amiri Baraka

Uma leitura já bagunçou sua vida? Um livro já fez você passar por uma situação engraçada ou comovente? E já deixou você numa saia justa? Ou garantiu o melhor encontro da sua vida? Essas são algumas das perguntas que estão por trás do Livros no Centro, novo podcast da Livraria Megafauna.
De Gabriela, cravo e canela, de Jorge Amado, a Amada, de Toni Morrison, e Dom Casmurro, de Machado de Assis, os livros de formação de Itamar Vieira Junior tratam, em sua maioria, da liberdade e de como a sociedade e os indivíduos a cerceiam e/ou lutam por ela.
“Sou uma escritora que quis ser escritora desde o primeiro momento, desde quando eu aprendi a ler e compreendi o que era aquilo”, afirma Carola Saavedra ao apresentar A bolsa amarela, clássico infantojuvenil de Lygia Bojunga que abre sua lista de livros que mais a marcaram. A seleção inclui ainda obras como Quarto de despejo, de Carolina Maria de Jesus, e A queda do céu, de Davi Kopenawa e Bruce Albert.
Em sua recente passagem por diversas cidades do Brasil, onde participou de várias rodas de conversa, incluindo aqui na livraria, Malcom compartilhou com a Megafauna, além de todo seu conhecimento sobre ecologia, uma lista de leituras que o marcaram ao longo de sua vida. Da poesia de Maya Angelou à dramaturgia de Aimé Césaire e à teoria de Frantz Fanon, as obras destacadas por ele aqui – todas mencionadas também em seu livro – têm em comum “uma busca pela justiça”, como aponta Malcom.
A compreensão dos lugares ocupados pelas minorias, em especial pelas pessoas negras, e a oposição às forças dominantes ligam as obras que fazem parte da formação de Edson Lopes Cardoso e que marcaram sua vida, com destaque para as de Lima Barreto, Machado de Assis e Mário de Andrade, autores negros que revelam “uma força extraordinária e simbolizam que 2 + 2 dá 5”.
As leituras que mais atraem o artista mineiro apresentam características e exploram assuntos com os quais ele se identifica e que frequentemente aparecem em suas obras: o ir e vir de personagens errantes cruzando fronteiras e os fantasmas que os assombram ao longo do caminho, histórias atravessadas por outras histórias e pela História, narrativas que expõem estruturas sociais, políticas e afetivas.
Os livros que formaram Paulo Scott debatem questões da existência – A náusea, de Jean-Paul Sartre, por exemplo, é descrito como o livro de sua vida. Além desse, há em sua lista obras de Albert Camus, Jean Genet e Graciliano Ramos, para não falar no clássico Os ratos, de seu conterrâneo Dyonélio Machado, e no enorme sucesso Um defeito de cor, de Ana Maria Gonçalves.
Na lista da autora de As mulheres de Tijucopapo, prevalecem os títulos em que sobressaem a crítica social e a de costumes – de Eça de Queiroz a D.H. Lawrence –, marcas também fortes em sua produção literária.
Djaimilia compartilha uma seleção de livros breves (seus preferidos tanto para ler como para escrever) cujos narradores apresentam certa dose de “tragédia apaixonada”. Livros que marcaram a escritora de diferentes formas em fases diversas da vida e que influenciaram seu modo de compreender a escrita.
Do Rio Vermelho ao Pelourinho, do Farol da Barra a Ondina. Salvador é assim: uma cidade cheia de história e de gente. Berço da vanguarda musical, poética e cinematográfica do país, a primeira capital do Brasil é superlativa no que produz. Olhemos para Salvador, ou, na gíria local, “ó paí”.