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Livros no centro

Uma leitura já bagunçou sua vida? Um livro já fez você passar por uma situação engraçada ou comovente? E já deixou você numa saia justa? Ou garantiu o melhor encontro da sua vida? Essas são algumas das perguntas que estão por trás do Livros no Centro, novo podcast da Livraria Megafauna.

Livros no Centro é apresentado por Rita Palmeira, curadora da Megafauna, e por nosso time de livreiros. A cada episódio, trazemos histórias de leitores, escritores e livreiros, com entrevistas, bate-papos e, claro, muitas dicas de leitura.

Episódios publicados quinzenalmente, sempre às quarta-feiras, a partir de 2 de agosto. 

Conheça o Livros no Centro

Vem aí o Livros no Centro, podcast da Livraria Megafauna que traz histórias de leitores, escritores e livreiros. Com apresentação de Rita Palmeira e dos livreiros da nossa loja, o podcast traz, a cada episódio, histórias, bate-papos e, claro, muitas dicas de leitura.

Uma volta na Bahia e um beijo para Arlete Soares

Sobre a protagonista deste episódio, Jorge Amado escreveu: “Arlete Soares é o cão, disse aqui e repito: o cão em figura de gente. Faz coisas que Deus duvida. Quem não duvida sou eu, que a conheço de priscas eras e a vi em ação fazendo e acontecendo”. Já a própria Arlete Soares é mais modesta: “Olha, tenho 83 anos, sou baiana, gosto de fotografia. O que mais você quer que eu diga?”.

E tem muito mais para ser dito. Arlete é daquelas pessoas que não se dão por vencidas: se não existe um jeito de fazer, trata de inventar um novo caminho. O tipo de pessoa que, se é proibida de ir à biblioteca, arruma uma maneira de escapar.

A história que contamos neste último episódio do Livros no Centro é a de uma mulher que acreditava tanto na força da publicação de um livro que acabou criando uma editora para isso. É também a história de uma viagem com 130 quilos de negativos, de um selo dedicado à cultura negra e que unia livros, coletivo de artes, festa, exposições, desfiles. Um espaço único em Salvador.

Lista de livros:

Sobre Helen, Arlete Soares (Ateliê de Ofícios)

A vida de São Michel

Fluxo e refluxo, Pierre Verger (Companhia das Letras; trad. Tasso Gadzanis)

Retratos da Bahia, Pierre Verger (Corrupio; trad. Cida Nóbrega)

Orixás, Pierre Verger (Fundação Pierre Verger)

Notícias da Bahia, Pierre Verger (Corrupio)

Lendas dos Orixás, Pierre Verger (Corrupio)

50 anos de fotografia, Pierre Verger (Corrupio)

Caminhos da Índia, Arlete Soares e Cida Nóbrega (Corrupio)

Israel, Shalom!, Arlete Soares (Corrupio)

Bahia tatuagens, Arlete Soares (Corrupio)

Bahia 2000, Arlete Soares e Eduardo Saphira (Corrupio)

Salvador da Bahia: cidade plural, Arlete Soares (Corrupio)

Anônimos, Arlete Soares (Corrupio)

Traduzindo no Atlântico negro, Denise Carrascosa (org.) (Ogum’s)

Verdade tropical, Caetano Veloso (Companhia das Letras)

Viva o povo brasileiro, João Ubaldo Ribeiro (Alfaguara)

A casa dos budas ditosos, João Ubaldo Ribeiro (Alfaguara)

Torto arado, Itamar Vieira Junior (Todavia)

Salvar o fogo, Itamar Vieira Junior (Todavia)

Ó pa í, prezada!, Carla Akotirene (Jandaíra)

Interseccionalidade, Carla Akotirene (Jandaíra)

Um defeito de cor, Ana Maria Gonçalves (Record)

Jorge Amado: uma biografia, Joselia Aguiar (Todavia)

Poesia total, Waly Salomão (Companhia das Letras)

Um dia para as famílias negras, Davi Nunes (Malê)

Odù, Hugo Martins (autoedição)

Cinco voltas na Bahia e um beijo para Caetano Veloso, Alexandra Lucas Coelho (Bazar do Tempo)

O ato criativo, Rick Rubin (Sextante; trad. Beatriz Medina)

A débil mental, Ariana Harwicz (Instante; trad. Francesca Angiolillo)

A herança dos bem-aventurados, Ayòbámi Adébáyò (Harper Collins; trad. Bruno Ribeiro)

Fim, Fernanda Torres (Companhia das Letras)

A Flip é uma festa

Hoje é um dia especial. Dia de lançamento do penúltimo episódio do Livros no Centro e abertura da 21a Flip, a Festa Literária Internacional de Paraty. E não podemos negar: um tem tudo a ver com o outro. Neste novo episódio, queremos celebrar esta data tão importante para os livros e para quem gosta de livros. Como convidado, trouxemos uma pessoa desacostumada com a ideia de estar no centro dos holofotes. Quem esteve muitas e muitas vezes na Flip, trazendo à tona as melhores qualidades – dos outros.

Angel Gurría-Quintana é historiador, tradutor e jornalista. Hoje ele trabalha na Universidade de Cambridge e escreve sobre livros no Financial Times. Mas Angel é também um veterano da Flip, onde logo se notabilizou como mediador das mesas mais desafiadoras da festa literária. Para que se tenha uma ideia de como ele é parte da história da Flip, a pedido dos organizadores, ele criou um “decálogo do mediador”, espécie de manual para ajudar outros mediadores na difícil tarefa de conduzir uma conversa entre autores que normalmente nunca se viram. E também para lembrar o moderador de que a conversa não é sobre eles.

Mas neste episódio, sim, a conversa é sobre ele. É sobre Angel, sobre o papel do mediador e sobre a Flip. Um episódio todo dedicado ao evento que inspirou diversos festivais culturais no país – e à figura de um mediador que foi fundamental para mesas memoráveis que tomaram os palcos de Paraty nos últimos 20 anos.

Livros citados no episódio:

O retorno, Dulce Maria Cardoso (Tinta da China)
Eliete: a vida normal, Dulce Maria Cardoso (Todavia)
Mandíbula, Monica Ojeda (Autêntica Contemporânea; trad. Silvia Massimini Felix)
Voladoras, Monica Ojeda (Autêntica Contemporânea; trad.Silvia Massimini Felix)
História do leite, Monica Ojeda (Jabuticaba; trad. Ayelén Medail)
Mau hábito, Alana S. Portero (Amarcord; trad. be rgb)
Baaraz Kawau, Gustavo Caboco (Picada: Impressões Indígenas)
Baaraz Ka’aupan, Gustavo Caboco (Picada: Impressões Indígenas)
Recado do Bendegó, Gustavo Caboco (Picada: Impressões Indígenas)
Mari hi: a árvore dos sonhos, Hanna Limulja (Ubu; ilustrações de Gustavo Caboco)
Expedição: nebulosa, Marília Garcia (Companhia das Letras)
Oblíqua glosa, Maria Dolores Rodriguez (Organismo Editora)
Rilke shake, Angélica Freitas (Companhia das Letras)
Canções de atormentar, Angélica Freitas (Companhia das Letras)
Um mapa para a porta do não retorno: notas sobre pertencimento, Dionne Brand (A Bolha; trad. Jess Oliveira e floresta)
Nenhuma língua é neutra, Dionne Brand (Bazar do Tempo; trad. Lubi Prates e Jade Medeiros)
No vestígio: negridade e existência, Christina Sharpe (Ubu; trad. Jess Oliveira)
Algumas notas do dia a dia, Christina Sharpe (Fósforo; trad. Jess Oliveira)
Performances do tempo espiralar, Leda Maria Martins (Cobogó)
Formas feitas no escuro, Leda Cartum (Fósforo)
Saia da frente do meu sol, Felipe Charbel (Autêntica Contemporânea)
Oração para desaparecer, Socorro Acioli (Companhia das Letras)
A cabeça do santo, Socorro Acioli (Companhia das Letras)
Copo vazio, Natalia Timerman (Todavia)
Desterros, Natalia Timerman (Elefante)
As pequenas chances, Natalia Timerman (Todavia)
Rachaduras, Natalia Timerman (Quelônio)
Constelações, Sinéad Gleeson (Relicário; trad. Maria Rita Drumond Viana)
Inventei você?, de Francesca Zappia (Record; trad. Monique D’Orazio)
Friday black, Nana Kwame Adjei-Brenyah (Fósforo; trad. Rogério Galindo)
A corneta, Leonora Carrington (Alfaguara; trad. Fabiane Secches)
A autobiografia da minha mãe, Jamaica Kincaid (Alfaguara; trad. Débora Landsberg)

O menino e o mundo

O João e a Livraria Simples têm apenas dois anos de diferença. Eles cresceram juntos: enquanto o João aprendia a ler entre as prateleiras da livraria da Bela Vista, a Simples foi se tornando um negócio raro em São Paulo – uma mistura de sebo e livraria, que funciona como uma extensão da casa dos moradores do bairro, com seu cafezinho passado na hora, suas plantas e seu atendimento acolhedor e amigo.

A história de como o João, hoje com quase dez anos, e a família dele foram parar na Livraria Simples é o norte do novo episódio do Livros no Centro. Foi por causa da Simples que o menino se tornou um leitor voraz e descobriu um programa especial com a avó, dona Geralda.

Neste episódio, conhecemos não só a história do João e da Simples: essa é uma história, na verdade, com muitas vozes. Tem a do Beto, da Jaqueline, da dona Geralda, e de muitas outras pessoas que os livros (sempre os livros) uniram.

Livros citados no episódio:

Não somos anjinhos, Gusti (Solisluna; trad. Ciça Fittipaldi)
Rosa Parks, Gabriela Bauerfeldt e ilust. de Leonardo Malavazzi (Mostarda)
Mandela, Maria Julia Maltese e ilustr. de Leonardo Malavazzi (Mostarda)
Martin Luther King, Gabriela Bauerfeldt e ilustr. de Leonardo Malavazzi (Mostarda)
Carolina Maria de Jesus, Orlando Nilha e ilustr. de Leonardo Malavazzi (Mostarda)
Alice Walker, Gabriela Bauerfeldt e ilustr. de Leonardo Malavazzi (Mostarda)
Amoras, Emicida
O que é meu, José Henrique Bortoluci (Fósforo)
O caçador de pipas, Khaled Hosseini (Globo Livros; trad. Claudio Carina)
Senhor das moscas, William Golding (Companhia das Letras; trad. Sergio Flaksman)
Extremamente alto & incrivelmente perto, Jonathan Safran Foer (Rocco; trad. Daniel Galera)
O diário de Anne Frank, Anne Frank (Record; trad. Alves Calado)
Os órfãos, Bessora (Relicário; trad. Adriana Lisboa)
Atos humanos, Han Kang (Todavia; trad. Ji Yun Kim)
Muito longe de casa, Ishmael Beah (Companhia de Bolso; trad. Cecilia Giannetti)
Pequeno país, Gaël Faye (Carambaia; trad. Marília Garcia)
Cidade de Deus, Paulo Lins (Tusquets)
O sol na cabeça, Geovani Martins (Companhia das Letras)
A vida pela frente, Romain Gary [Émile Ajar] (Todavia; trad. André Telles)
As pipas, Romain Gary (Todavia; trad. Julia da Rosa Simões)
Manuelzão e Miguilim, Guimarães Rosa (Global)
Se Deus me chamar não vou, Mariana Carrara (Nós)
Dona Flor e seus dois maridos, Jorge Amado (Companhia das Letras)
Dentro do nevoeiro, Guilherme Wisnik (Ubu)
Nuvens, Hilda Machado (Editora 34)
Caderno goiabada, Nina Rizzi (Jabuticaba)
O amigo, Sigrid Nunez (Instante; trad. Carla Fortino)

Amor é bicho instruído

O novo episódio do Livros no Centro tem a marca do acaso. Muito antes das tecnologias, do Tinder, do celular, ela se inicia num sebo e acontece presencialmente, totalmente à moda antiga.

Edimilson vivia em Juiz de Fora, e Prisca morava em Genebra. Anos antes do encontro dos dois, um pesquisador suíço de passagem por Salvador comprou um livro escrito por Edimilson à venda num sebo. Interessou-se pelo assunto, leu, entusiasmou-se e passou a procurar por seu autor. Com a inexistência de redes sociais, num tempo de internet discada, a tarefa não foi fácil, levou anos. Mas então o pesquisador achou Edimilson, que viajou à Suíça, e lá estava a Prisca. Desde então, trocaram cartas, e-mails, livros, viajaram para se ver, casaram-se, tiveram dois filhos e escreveram uns tantos títulos. Tudo isso graças a um livro perdido num sebo em Salvador.

A história deste episódio é sobre como a navegação incerta de um livro deu o pontapé inicial para um encontro que muda a vida de dois escritores.

Livros citados no episódio:

Poemas, Wislawa Szymborska (trad. Regina Przybycien; Companhia das Letras)
Negras raízes mineiras: os Arturos, Edimilson de Almeida Pereira e Núbia Pereira de Magalhães Gomes (Mazza)
Água viva, Clarice Lispector (Rocco)
O ausente, Edimilson de Almeida Pereira (Relicário)
Front, Edimilson de Almeida Pereira (Nós)
Pólvora, Prisca Agustoni (Macondo)
Melro, Edimilson de Almeida Pereira (Editora 34)
A vida com Lacan, Catherine Millot (trad. André Telles; Zahar)
Grande sertão: veredas, João Guimarães Rosa (Companhia das Letras)
Eu receberia as piores notícias dos seus lindos lábios, Marçal Aquino (Companhia das Letras)
Luzes de emergência se acenderão automaticamente, Luisa Geisler (Alfaguara)
Paixão simples, Annie Ernaux (trad. Marília Garcia; Fósforo)
O amor nos tempos do cólera, Gabriel García Márquez (trad. Antonio Callado; Record)
Desde que o samba é samba, Paulo Lins (Planeta)
Dona Flor e seus dois maridos, Jorge Amado (Companhia das Letras)
Correspondência de Abelardo e Heloisa, Paul Zumthor (org.) (trad. Lucia Santana Martins; Martins Fontes)
Cartas de amor a Heloísa, Graciliano Ramos (Record)
Os amores difíceis, Italo Calvino (trad. Raquel Ramalhete; Companhia das Letras)
A fera na selva, Henry James (trad. José Geraldo Couto; Sesi-SP Editora)
O amante, Marguerite Duras (trad. Denise Bottmann; Tusquets)
Na praia, Ian McEwan (trad. Bernardo Carvalho; Companhia das Letras)
Carta a D.: história de um amor, André Gorz (trad. Celso Azzan Jr.; Companhia das Letras)
Ioga, Emmanuel Carrère (trad. Mariana Delfini; Alfaguara)
O sol na cabeça, Geovani Martins (Companhia das Letras)
Meu nome é Lucy Barton, Elizabeth Strout (trad. Sara Grünhagen; Companhia das Letras)
Arrabalde: em busca da Amazônia, João Moreira Salles (Companhia das Letras)

 

Livros de Edimilson de Almeida Pereira:

Dormundo (1985, Edições D’Lira)
Livro de falas (1987, Mazza Edições)
Árvores de arturos e outros poemas (1988, Edições D’Lira)
Corpo imprevisto e margem dos nomes (1989, Edições D’Lira)
Arturos: olhos do Rosário (1990, Mazza Edições, com Núbia Pereira de Magalhães Gomes)
Ô lapassi & outros ritmos de ouvido (1990, UFMG)
Corpo vivido: reunião poética (1991, Mazza Edições)
Mundo encaixado: significação da cultura popular (1992, Mazza Edições)
Do presépio à balança: representações sociais da vida religiosa (1995, Mazza Edições)
O homem da orelha furada (1995, Edições D’Lira)
Rebojo (1995, Edições D’Lira)
A roda do mundo: poemas (1996, Mazza Edições, com Ricardo Aleixo)
Cada um bicho um seu canto (1998, Edições D’Lira)
Negras raízes mineiras: os Arturos (2000, Mazza Edições, com Núbia Pereira Magalhães Gomes)
Zeosório blues: obra poética (2002, Mazza Edições)
Flor do não esquecimento: cultura popular e processos de transformação (2002, Autêntica, com Núbia Pereira Magalhães Gomes)
Lugares ares: obra poética 2 (2003,Mazza Edições)
Os comedores de palavras (2004, Mazza Edições, com Rosa Margarida de Carvalho Rocha)
Casa da palavra: obra poética 3 (2003, Mazza Edições)
As coisas arcas: obra poética 4 (2003, Mazza Edições)
Ouro Preto da palavra: narrativa de preceito do Congado em Minas Gerais (2003, Mazza Edições e PUC-MG, com Núbia Pereira Magalhães Gomes)
O primeiro menino (2003, Franco Editora)
Assim se benze em Minas Gerais (2004, Mazza Edições, com Núbia Pereira Magalhães)
Os reizinhos de Congo (2004, Paulinas)
Os tambores estão frios: herança cultural e sincretismo religioso no ritual de Candomblé (2005, Mazza Edições)
Signo cimarrón (2005, Mazza Edições)
O congado para crianças (2006, Mazza Edições)
Malungos na escola: questões sobre culturas afrodescendentes (2007, Paulinas)
Rua Luanda (2007, Paulinas)
Homeless (2010, Mazza Edições)
Sem teto (2010, Mazza Edições)
Variaciones de un libro de sirenas (2010, Mazza Edições)
Depois o Atlântico: modos de pensar, crer e narrar na diáspora africana (2010, Editora UFJF, org. com Robert Daibert Júnior)
Um tigre na floresta de signos: estudos sobre poesia e demandas sociais no Brasil (2010, Mazza Edições, org.)
Relvas (2015, Mazza Edições)
Maginot, o (2015, Mazza Edições)
Guelras (2017, Mazza Edições)
E (2017, Patuá)
Qvasi: segundo caderno (2017, Editora 34)
Entre Orfe(x)u e Exunouveau: análise de uma epistemologia de base afrodiaspórica na Literatura Brasileira (2017, Fósforo)
Poemas para ler com palmas (2017, Mazza Edições)
A saliva da fala: notas sobre a poética banto-católica no Brasil (2017, Azougue)
Caderno de retorno (2017, Toques Editora de Ogum)
Veludo azul (2018, Macondo)
Poesia + (antologia 1985-2019) (2019, Editora 34)
O ausente (2020, Relicário)
Um corpo à deriva: dança (2020, Macondo)
Front (2020, Nós)
Ruídos (2020, Macondo)
Melro (2022, Editora 34)
A vida não funciona como um relógio (2022, Quelônio)
O som vertebrado (2022, José Olympio)
Diquixi: estudos para cabeças de Artur Timóteo da Costa (2022, Fósforo e Luna Parque)
A morte também aprecia o jazz (2023, Círculo de Poemas)

 

Livros de Prisca Agustoni:

Irmãs de feno (2002, Mazza Edições)
Zezé, o sapo (2002, Franco, com Edimilson de Almeida Pereira)
Histórias de longeperto (2004, RHJ)
O colecionador de pedras (2006, Paulinas)
A neve ilícita: contos (2006, Nankin Editorial)
Oiro de Minas a nova poesia das Gerais (2007, Ardósia)
A recusa (2009, Pasárgada, Lisboa)
A morsa (2010, Mazza Edições)
O mundo começa na cabeça (2011, Paulinas)
O Atlântico em movimento (2013, Mazza Edições)
Cosa resta del bianco (2014, Gabriele Capelli Editore)
Un ciel provisoire (2015, Samizdat, Genebra)
Hora zero (2016, Patuá)
Casa dos ossos (2017, Macondo)
Animal extremo (2017, Patuá)
Casa dos ossos (2017, Macondo)
O mundo mutilado (2020, Quelônio)
L’ora zero (2020, Lietocolle, Falloppio)
Lingua sommersa (2021, Isola, Milão)
O gosto amargo dos metais (2022, 7Letras)
Antologia Poética: Eustáquio Gorgone de Oliveira (1974 – 2010) (2022, Kotter editorial, com Edimilson de Almeida Pereira (orgs.))
Pólvora (2022, Macondo)
Rastros (2022, Círculo de Poemas)

As coisas que a gente fala

Se algum dia você quiser bater um papo com a Ruth Rocha, já fique sabendo: não adianta tentar contato entre quatro e cinco da tarde, porque ninguém vai atender o telefone por lá. Este horário é valioso para a Ruth e a irmã dela, Rilda, que se telefonam todos os dias, na mesma hora, para uma sessão de leitura compartilhada.

Você já leu para alguém ou ouviu uma leitura de outra pessoa? Tem algo mágico nessa troca literária, no virar as páginas de uma história que é recebida por dois pares de ouvidos, juntos. E é justamente isso que este episódio do Livros no Centro vai explorar – a relação entre Ruth e Rilda, e Ruth e Pedro, seu neto, a curadoria valiosa de leituras dessa família, e como um escritor é, de fato, resultado da união dos livros que leu, como acredita uma das maiores autoras brasileiras da atualidade.

Livros citados no episódio:

A ilusão da alma: biografia de uma ideia fixa, Eduardo Gianetti (Companhia das Letras)
O irmão alemão, Chico Buarque (Companhia das Letras)
Guerra e paz, L. Tolstói (trad. Rubens Figueiredo, Companhia das Letras)
Os irmãos Karamázov, F. Dostoiévski (trad. Paulo Bezerra, Editora 34)
Anna Kariênina, L. Tolstói (trad. Irineu Franco Perpétuo, Editora 34)
Escravidão, v.1, Laurentino Gomes (Globo Livros)
A cidade e as serras, Eça de Queirós (Ateliê Editorial)
Marcelo, marmelo, martelo, Ruth Rocha (ilust. Mariana Massarani, Salamandra)
Trópicos utópicos, Eduardo Giannetti (Companhia das Letras)
O homem que amava os cachorros, Leonardo Padura (trad. Helena Pitta, Boitempo)
O despertar de tudo: uma nova história da humanidade, David Graeber e David Wengrow (trad. Claudio Marcondes e Denise Bottmann, Companhia das Letras)
Histórias das mil e uma noites, Ruth Rocha (ilust. Alexandre Rampazo, Salamandra)
Ruth Rocha conta a Ilíada, Ruth Rocha (ilust. Eduardo Rocha, Salamandra)
Ruth Rocha conta A Odisseia, Ruth Rocha (ilust. Eduardo Rocha, Salamandra)
Romeu e Julieta, Ruth Rocha (ilust. Mariana Massarani, Salamandra)
Palavras, muitas palavras, Ruth Rocha (ilust. Raul Fernandes, Salamandra)
Mordaça: histórias de música e censura em tempos autoritários, João Pimentel (Sonora Editora)
O reizinho mandão, Ruth Rocha (ilust. Walter Ono, Salamandra)
Cem anos de solidão, Gabriel García Márquez (trad. Eric Nepomuceno, Record)
O amor nos tempos do cólera, Gabriel García Márquez (trad. Antonio Callado, Record)
O outono do patriarca, Gabriel García Márquez (trad. Remy Gorga Filho, Record)
As cidades invisíveis, Italo Calvino (trad. Diogo Mainardi, Companhia das Letras)
Bichos, Miguel Torga (Pontes)
Poesia completa, Miguel Torga (Dom Quixote)
O gênio do crime, do João Carlos Marinho (Global)
O que é ser uma escritora negra hoje de acordo comigo, Djaimilia Pereira de Almeida (Todavia)
O inferno musical, Alejandra Pizarnik (Relicário)
Extração da pedra da loucura, Alejandra Pizarnik (Relicário)
Racismo estrutural, Silvio Almeida (Jandaíra)
As mil e uma noites, ed. de Antoine Galland (trad. Alberto Diniz, HarperCollins)
Série – A bruxa Onilda, Enric Larreula e Roser Capdevila (Scipione)
A divina comédia, Dante Alighieri (trad. Italo Eugenio Mauro, Editora 34)
E foi assim que eu e a escuridão ficamos amigas, Emicida (ilust. Aldo Fabrini, Companhia das Letras)
Um saci no meu quintal, Monica Stahel (WMF Martins Fontes)
Pantaleão e as visitadoras, Mario Vargas Llosa (trad. Paulina Wacht e Ari Roitman, Alfaguara)
O compadre de Ogum, Jorge Amado (Companhia das Letras)
A morte e a morte de Quincas Berro D’Água, Jorge Amado (Companhia das Letras)
Precoce, Ariana Harwicz (trad. Francesca Angiolillo, Instante)
Escrita em movimento: sete princípios do fazer literário, Noemi Jaffe (Companhia das Letras)
Os profetas, Robert Jones Jr. (trad. Viviane Souza Madeira, Companhia das Letras)
Os substitutos, Bernardo Carvalho (Companhia das Letras)

O país dos poetas

Você viajaria mais de 3 mil quilômetros para encontrar seu escritor favorito? Pois Joana Barossi, a personagem deste episódio do Livros no Centro, fez mais de uma vez o trajeto de São Paulo até Las Cruces, um pontinho à beira do Oceano Pacífico, para conhecer seu poeta favorito, o chileno Nicanor Parra.

Parra (1914-2018), um dos poetas mais importantes do século 20, foi o criador da antipoesia e influenciou gerações de autores no mundo todo. A peregrinação de Joana para encontrá-lo deu origem à primeira antologia do autor publicada no Brasil, o livro “Só para maiores de cem anos” (Editora 34), organizado e traduzido por ela e pelo editor Cide Piquet. E tempos depois serviu de inspiração para uma personagem do romance mais recente de outro escritor chileno: Alejandro Zambra.

Livros citados no episódio:

Só para maiores de cem anos, Nicanor Parra (sel. e trad. Joana Barossi e Cide Piquet, editora 34)
Rei Lear, Shakespeare (trad., posf. e notas Rodrigo Lacerda, Editora 34)
Poeta chileno, Alejandro Zambra (trad. Miguel Del Castillo, Companhia das Letras)
Bonsai, Alejandro Zambra (trad. Josely Vianna Baptista) – em Ficção: 2006-2014 (Companhia das Letras)
Garotas em tempos suspensos, Tamara Kamenszain (trad. e posfácio Paloma Vidal, Círculo de Poemas)
Antologia, Adília Lopes (CosacNaify/7Letras)
Um jogo bastante perigoso, Adília Lopes (Moinhos)
Gramática expositiva do chão, Manoel de Barros (Alfaguara)
De uma a outra ilha, Ana Martins Marques (Círculo de Poemas)
Engano geográfico, Marília Garcia (7Letras)
A universidade desconhecida, Roberto Bolaño (trad. Josely Vianna Baptista, Companhia das Letras)
Os detetives selvagens, Roberto Bolaño (trad. Eduardo Brandão, Companhia das Letras)
2666, Roberto Bolaño (trad. Eduardo Brandão, Companhia das Letras)
A mais recôndita memória dos homens, Mohamed Mbougar Sarr (trad. Diogo Cardoso, Fósforo)
A paixão segundo G.H., Clarice Lispector (Rocco)
A pediatra, Andrea del Fuego (Companhia das Letras)
Um apartamento em Urano, de Paul B. Preciado (trad. Eliana Aguiar, Zahar)
Um país terrível: um romance sobre a Rússia, Keith Gessen (trad.Bernardo Ajzenberg e Maria Cecilia Brandi, Todavia)

“– Alô, iniludível!”

Talvez você já tenha esbarrado com a história do coveiro filósofo em alguma matéria de jornal ou revista. É que a vida de Osmair Camargo Cândido, mais conhecido como Fininho, realmente merece manchetes – e um episódio inteiro do Livros no Centro. Em “– Alô, iniludível!”, fala o carioca radicado em São Paulo que fez faxina, foi carregador, prestou serviços em gráfica, em cartório. Virou coveiro e, depois de se graduar em filosofia, tornou-se também professor. 

Fininho acaba de se aposentar, depois de três décadas de trabalho no serviço funerário e de contato direto com a morte, a “Indesejada das gentes” (como define Manuel Bandeira no poema “Consoada”, do qual tomamos um verso emprestado para dar título a este episódio). O coveiro  esteve inclusive na linha de frente da pandemia de Covid-19, um dos períodos mais difíceis de sua vida. Mesmo na dureza da rotina de enterrar corpos, parece que, num contrassenso, em vez de embrutecer, ele ficou ainda mais sensível. Leitor voraz, ele agora se dedica à escrita e já tem pronto um livro de memórias, a ser lançado pela editora Fósforo. 

Livros citados no episódio:

Os escravos, Castro Alves
As horas nuas, Lygia Fagundes Telles (Companhia das Letras) 
Memórias póstumas de Brás Cubas, Machado de Assis (Autêntica)
Todos os contos de Machado de Assis, Machado de Assis (Nova Fronteira)
A tragédia de Hamlet, príncipe da Dinamarca, William Shakespeare (Ubu, trad. Bruna Beber)
Risque esta palavra, Ana Martins Marques (Companhia das Letras)
O brilho do bronze, Boris Fausto (Sesi-SP Editora)
Vida, morte e outros detalhes, Boris Fausto (Companhia das Letras)
Quando meu pai se encontrou com o ET fazia um dia quente, Lourenço Mutarelli (Quadrinhos na Cia.)
A morte é uma festa, João José Reis (Companhia das Letras)
Dissoluções do como, Flávia Santos (Demônio Negro)
O ano do pensamento mágico, Joan Didion (Harper Collins, trad. Marina Vargas) Lili, Noemi Jaffe (Companhia das Letras)
Mãe, Hugo Gonçalves (Companhia das Letras)
Diário de luto, Roland Barthes (WMF, trad. Leyla Perrone-Moisés)
O pai da menina morta, Tiago Ferro (Todavia)
O seu terrível abraço, Tiago Ferro (Todavia)
Aos prantos no mercado, Michelle Zauner (Fósforo, trad. Ana Ban)
Arrabalde: em busca da Amazônia, João Moreira Salles (Companhia das Letras)
Sobre aquilo em que eu mais penso, Anne Carson (Editora 34, org. Sofia Nestrovski e Danilo Hora; trad. Sofia Nestrovski)
Autobiografia do vermelho, Anne Carson (Editora 34, trad. Ismar Tirelli Neto)
A mais recôndita memória dos homens, Mohamed Mbougar Sarr (Fósforo, trad. Diogo Cardoso)
Garotas em tempos suspensos, Tamara Kamenszain (Círculo de Poemas, trad. Paloma Vidal)

Encontros e reencontros

No terceiro episódio do podcast Livros no Centro, trazemos duas histórias: ambas tratam das memórias e dos afetos que os livros mobilizam na trajetória de leitores, escritores e livreiros. A primeira narra o reencontro do engenheiro Sérvulo Barros com uma obra que havia pertencido a sua família – o caso se passou no sebo e livraria Lima Barreto, no Rio de Janeiro, e contou com uma ajudinha do cantor e compositor Martinho da Vila.

Já a segunda se passa em São Paulo, no começo dos anos 2000, quando Marcelo Maluf, na época um escritor em início de carreira, conheceu uma de suas principais referências literárias, uma grande autora brasileira. Foi com ela que Marcelo entrou numa espécie de cabo de guerra por uma edição raríssima – e recebeu conselhos de escrita tão valiosos quanto.

Livros citados no episódio:

A menina e a lua inventada, Iris Barros (Autografia)
A invasão do mar, Júlio Verne (fora de catálogo)
Cantares de perda e predileção, Hilda Hilst (em Da poesia, Companhia das Letras )
O jardim selvagem, Lygia Fagundes Telles (em Os contos, Companhia das Letras)
A imensidão íntima dos carneiros, Marcelo Maluf (Faria e Silva)
Os últimos dias de Elias Ghandour, Marcelo Maluf (Faria e Silva)
Um exu em Nova York, Cidinha da Silva (Pallas)
Quando o sol aqui não mais brilhar: a falência da negritude, Castiel Vitorino Brasileiro (N-1)
Só garotos, Patti Smith (Companhia das Letras, trad. Alexandre Barbosa de Sousa)
Verdade tropical, Caetano Veloso (Companhia de Letras)
Lavoura arcaica, Raduan Nassar (Companhia das Letras)
Um copo de cólera, Raduan Nassar (Companhia das Letras)
Menina a caminho, Raduan Nassar (Companhia das Letras)
Lua na jaula, Ledusha (Todavia)
Helena Ignez: atriz experimental, Pedro Guimarães e Sandro de Oliveira (Edições Sesc São Paulo)
Luz del Fuego, Javier Montes (Fósforo, trad. Silvia Massimini Felix)
Underground: Luiz Carlos Maciel, Claudio Leal (org.) (Edições Sesc São Paulo)
Lições, Ian McEwan (Companhia das Letras, trad. Jorio Dauster)
Febre de cavalos, Leonardo Padura (Boitempo, trad. Monica Stael)
O negro visto por ele mesmo, Beatriz Nascimento (Ubu)

Uma livreira na cidade

Fundada em 1954, a livraria e editora Duas Cidades se tornou um marco da história cultural de São Paulo. Nos anos mais duros do regime militar, abriu espaço para o debate e a produção cultural, mas também foi o núcleo de uma passagem dramática: um telefone grampeado na livraria levou à emboscada que culminou no assassinato de Carlos Marighella.

A livreira Maria Antonia Pavan de Santa Cruz entrou na equipe da Duas Cidades às pressas em 1971, para ocupar a vaga de uma vendedora que era, na verdade, uma agente infiltrada da ditadura. Ela é a personagem do segundo episódio do podcast #LivrosNoCentro e retoma esta e outras passagens da história da livraria, que foi idealizada por dominicanos e se tornou ponto de encontro de universitários, artistas e intelectuais.

Livros citados no episódio:
Batismo de sangue, Frei Betto (Rocco)
Os parceiros do rio bonito, Antonio Candido (Todavia) 
O discurso e a cidade, Antonio Candido (Todavia) 
Vários escritos, Antonio Candido (Todavia)
Helianto, Orides Fontela (em Poesia completa, Hedra)
Ao vencedor as batatas, Roberto Schwarz (editora 34)
O tupi e o alaúde, Gilda de Mello e Souza (editora 34)
Meninos sem pátria, Luiz Puntel (Ática)
O que é isso companheiro?, Fernando Gabeira (Estação Brasil)
Retrato calado, Luiz Roberto Salinas Fortes (Editora Unesp)
K., relato de uma busca, Bernardo Kucinski (Companhia das Letras)
Incidente em Antares, Erico Verissimo (Companhia das Letras)
Sombras de reis barbudos, José J. Veiga (Companhia das Letras)
Tirania das moscas, Elaine Vilar Madruga (Instante, tradução de Carla Fortino)
Em câmara lenta, Renato Tapajós (Carambaia)
Poema sujo, Ferreira Gullar (Companhia das Letras)
Punho cerrado: a história do rei, Philipe Van R. Lima (Letramento)
O corpo encantado das ruas, Luiz Antonio Simas (Civilização Brasileira) 
Poesia reunida, Sylvia Plath (Companhia das Letras)
Talvez você deva conversar com alguém, Lori Gottlieb (Vestígio, tradução de Elisa Nazarian)
A sociedade da neve, Pablo Vierci (Companhia das Letras, tradução de Bernardo Ajzenberg)

Um Leitor no Meio de Campo

Como Gustavo Scarpa,  ex-meia do Palmeiras, se tornou um leitor e um resenhista? Em sua passagem pelo Palmeiras, Scarpa ganhou projeção também pelo que fazia fora de campo: as microrresenhas divulgadas em suas redes sociais se tornaram assunto em todo o país, pela forma como divulgava suas leituras e pela curadoria de livros indicados. No primeiro episódio do Livros no Centro, Rita Palmeira, curadora da Livraria, Flávia Santos, coordenadora da loja, e o livreiro Maurício Gonzaga contam a história do jogador Gustavo Scarpa com os livros. 

Livros citados no episódio:
Tonico e carniça, Assis Brasil
Uma breve história do tempo, Stephen Hawking
O anticristo: maldição ao cristianismo, Nietzsche
Crime e castigo, Dostoiévski
A revolução dos bichos, George Orwell
O médico e o monstro, Robert Louis Stevenson
A ilha do tesouro, Robert Louis Stevenson
O processo, Franz Kafka
O corcunda de Notre-Dame, Victor Hugo
Os miseráveis, Victor Hugo
Guerra e paz, de Lev Tolstói
Dom Casmurro, de Machado de Assis
A parábola do semeador, Octavia Butler
A parábola dos talentos, Octavia Butler
A cor do inconsciente, Isildinha Baptista Nogueira
Tornar-se negro, Neusa Santos Souza
Dostoiévski: um escritor em seu tempo, Joseph Frank
Os prêmios, Julio Cortázar
As primas, Aurora Venturini
Escute as feras, Nastassja Martin

Vinte Mil Léguas | segunda temporada

De novembro de 2021 a março de 2022, embarcaremos em uma nova aventura. Passaremos por mares revoltos, matas fechadas da Amazônia, estepes e montanhas imensuráveis. Vamos conhecer criaturas nascidas de dentro das pedras e plantas que se reproduzem misteriosamente, aprender a usar uma bússola de inclinação, entender o que é um pé inglês e o que é uma polegada francesa cúbica. E, é claro, vamos destrinchar diversos livros. 

Nosso guia será Alexander von Humboldt (1769-1859), explorador alemão cujos relatos de viagem e experimentos marcaram o nascimento de muitas das ciências modernas, como geografia, geologia, zoologia, botânica, meteorologia e antropologia. 

A segunda temporada do Vinte Mil Léguas é uma realização da Megafauna, com apoio do Instituto Serrapilheira e da Vita Investimentos. Curte o podcast e gostaria de colaborar para que ele continue sendo oferecido gratuitamente? Acesse catarse.me/vintemilleguas e contribua para a difusão das ciências e da literatura. Conheça quem nos apoiou até aqui.

Da nebulosa ao musgo

No último episódio da temporada, nos despedimos de Alexander von Humboldt, mas ficamos com sua ideia de que tudo está conectado numa ordem cósmica. Conheça alguns ecos contemporâneos disso na Teoria de Gaia, e explore novas aberturas da árvore da vida através dos trabalhos sobre simbiose da bióloga Lynn Margulis.

Leia a newsletter do episódio #11 para conteúdos extras.

A flor azul e a maior montanha do mundo

Desta vez, vamos às alturas dos Andes para pensar nas profundezas. Escale a montanha mais alta do mundo (ou quase) com Humboldt e seus companheiros nos arredores de Quito. Saiba a importância de representar visualmente o conhecimento, e descubra as conexões entre a paisagem e a vida. Participação do professor de geografia da Universidade de São Paulo, Jurandyr Ross.

Leia a newsletter do episódio #10 para conteúdos extras.

Uma floresta escrita

Este episódio se dedica a ler a floresta Amazônica através de alguns de seus intérpretes em livros: Mário de Andrade, Arthur Conan Doyle, Alfred Russel Wallace e, é claro, Alexander von Humboldt. Como a literatura moldou a visão da floresta? E como as descobertas recentes de arqueologia questionam essa visão? Participação do arqueólogo e professor do Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade de São Paulo, Eduardo Neves.

Leia a newsletter do episódio #9 para conteúdos extras.

Jardins suspensos da Amazônia

Começa a aventura pela floresta amazônica a bordo de uma canoa instável. Como contraponto à visão de Humboldt, este episódio traz uma entrevista com o arqueólogo e professor da Universidade de São Paulo, Eduardo Neves. Você vai ouvir sobre castanhais e manejo indígena; sobre a terra preta da floresta e os missionários que quiseram plantar legumes europeus dentro de canoas. E vai escutar o que Euclides da Cunha teve a dizer a respeito da “opulência” e “monotonia” que disse ter encontrado por lá. 

Leia a newsletter do episódio #8 para conteúdos extras.

Inimigos mortais das palavras ocas

A viagem de Goethe à Itália e a viagem de Humboldt e Bonpland pelas Américas. Duas experiências cheias de inquietude. Para falar da história da ciência, este episódio se dedica a contar histórias de pessoas: figuras singulares, como o botânico José Celestino Mutis, que viveram em um período complexo da colonização espanhola. De quebra, você ainda ouve sobre como Humboldt foi tachado de espião ao tentar entrar no Brasil.

Leia a newsletter do episódio #7 para conteúdos extras.

A partida

A aventura pela qual Humboldt ficou famoso enfim começa. Embarque no navio Pizarro, com Humboldt e seu companheiro Bonpland, em direção à América do Sul. Através dos escritos de Humboldt, você vai conhecer um sapateiro sábio e saber mais sobre os guácharos que vivem nas cavernas. Neste episódio, que fala também da tristeza que existe no fundo de toda alegria, você ouve sobre as dificuldades de se viajar de navio no século 18, e descobre como era medir o mundo antes do estabelecimento do sistema métrico.

[Som dos guácharos captado por Felipe Arantes, em Gran Sabana, Venezuela, em 2017. Steatornis caripensis Humboldt, 1817. Disponível em: http://www.wikiaves.com.br/2632689

Leia a newsletter do episódio #6 para conteúdos extras.

Um monstro muito triste

Nesse especial de fim de ano, vamos nos perguntar: de onde vem a vida? Você vai ser transportado para um ano que não teve verão, ouvir a história de como um vulcão na Indonésia afetou a viagem de ingleses na Suíça; ver o nascimento de um novo gênero na literatura e conhecer como eram feitos os primeiros experimentos com eletricidade, usando patas de rãs e rabos de rato. E vai acompanhar a criação de um monstro. Participação da professora de história da física da Universidade Estadual da Paraíba, Ana Paula Bispo.

Leia a newsletter do episódio #5 para conteúdos extras.

Somos todos liquens

Olhe de perto para seres que estão por toda a parte, nos vulcões e nas florestas e também ao seu redor – os liquens. E descubra o que é que você tem a ver com isso, passando por autores como Merlin Sheldrake e Gregory Bateson. Participação da bióloga e professora da Universidade Federal do Sergipe, Marcela Cáceres.

Leia a newsletter do episódio #4 para conteúdos extras.

Casamentos clandestinos

O que as plantas têm a ver com as relações humanas experimentais? Entre casamentos clandestinos e uma “liga da virtude”, você vai descobrir outras vidas possíveis, olhando para o salão de Henriette Herz em Berlim e para a sexualidade daquilo que Lineu chamou de “plantas criptogâmicas”.

Leia a newsletter do episódio #3 para conteúdos extras.

Visita guiada ao centro da Terra

Saiba o que as cavernas têm a ver com as montanhas e o que o Romantismo alemão tem a ver com a mineração. E conheça as histórias das sereias de dentro da Terra e das flores azuis dos túneis subterrâneos.

Leia a newsletter do episódio #2 para conteúdos extras.

Fora do círculo estreito da vida sedentária

Antes de se tornar um dos mais importantes exploradores da história, Alexander von Humboldt era um jovem entediado que ansiava descobrir o mundo e as conexões secretas entre todas as coisas. Este é um episódio dedicado à juventude de Humboldt, aos mineiros e à mineralogia.

Leia a newsletter do episódio #1 para conteúdos extras.

Uma temporada sobre tudo

Das cordilheiras dos Andes às cavernas onde vivem os guácharos, das nebulosas ao musgo, embarque com o Vinte mil léguas numa grande viagem. E descubra quem será o guia desta temporada.

[Som dos guácharos captado por Felipe Arantes, em Gran Sabana, Venezuela, em 2017. Steatornis caripensis Humboldt, 1817. Disponível em: http://www.wikiaves.com.br/2632689]

Vinte mil léguas | primeira temporada

Charles Darwin e A origem das espécies (1859) são o tema da temporada de estreia do Vinte Mil Léguas. Guiados por Leda Cartum e Sofia Nestrovski, entramos no universo em que o naturalista britânico viveu, lemos os livros que ele leu, conhecemos os escritores que foram influenciados por ele, investigamos a gênese de suas ideias.

Produzida pela Quatro Cinco Um em parceria com a Megafauna e apoio do Instituto Serrapilheira, a primeira temporada do Vinte Mil Léguas foi ao ar em 2020.

Comece por aqui!

“Apressa-te lentamente”: este é um podcast para ouvir no seu tempo. Você vai ouvir sobre assuntos que conversam com os dias de hoje, mas vai chegar até o presente passando por outros séculos. Você vai ouvir sobre o tempo longo de concepção da teoria da Seleção Natural, e sobre os livros que conversam com o livro “A origem das espécies”.

Um navio com nome de cachorro (1)

Quem foi Charles Darwin e como ele foi parar no navio Beagle? Neste primeiro episódio, embarcamos com o naturalista britânico em sua volta ao mundo. O isolamento e as descobertas a bordo do navio com nome de cachorro seriam a pedra fundamental da revolução científica de Darwin.

Um navio com nome de cachorro (2)

Você já foi à Bahia? Darwin já! “Difícil manter a dignidade”, comentou sobre o Carnaval. Neste episódio, ouvimos sobre a passagem de Darwin por Salvador, Fernando de Noronha e Rio de Janeiro, e também sobre como ele vivenciou o temor e o tremor de um terremoto histórico e desistiu de virar padre — não necessariamente nessa mesma ordem. 

Participação: Amyr Klink, navegador e autor de livros como Cem dias entre céu e mar.

Um novo estoque de metáforas (1)

Como eram as ciências antes de Darwin aparecer? Neste episódio, exploramos as ideias que constituíam a base da biologia ocidental na época em que ele formulou sua teoria da evolução. Para isso, voltamos até a Grécia Antiga e investigamos também por que a ciência é uma fonte inesgotável de metáforas poéticas.

Participação: Pedro Paulo Pimenta, doutor em filosofia pela USP e tradutor de A origem das espécies.

Um novo estoque de metáforas (2)

Seguimos com o mergulho no mundo intelectual em que Darwin nasceu. Mais do que uma época, o protagonista deste episódio é o tempo em si. O tempo como criador e revelador das coisas, o tempo na vida de cada um de nós, e o tempo geológico, profundo.

Cambaxirras, bicudos, papa-figos e tentilhões (1)

De volta à Inglaterra, em 1836, Charles Darwin tinha uma cabeça fervendo com novas ideias e uma coleção cheia de espécimes. Mas como examinar e estudar tanto material completamente novo?

Cambaxirras, bicudos, papa-figos e tentilhões (2)

É a partir de todos os manuscritos deixados por Darwin que pesquisadores conseguem traçar os caminhos que o levaram a elaborar sua teoria da seleção natural.

Participação: Maria Isabel Landim, bióloga e curadora do Museu de Zoologia da USP.

Os marcianos saíram do cilindro (1)

No século 19, os pesadelos dos ingleses mudavam frente a um novo mundo que surgia. Revolução industrial, crescimento populacional, pobreza urbana — tudo contribuía para criar um ambiente de terror. Homem do seu tempo, Darwin não foi indiferente a essas mudanças e tingiu de medo o mundo natural, como mostramos neste episódio.

Os marcianos saíram do cilindro (2)

Charles Darwin tinha medo de suas próprias ideias. Ele sabia que sua teoria era revolucionária demais para ser apresentada sem uma estratégia adequada, e por isso, enquanto o mundo acelerava, passou quase 20 anos se preparando para a hora certa de lançar A origem das espécies.

As histórias não nascidas (1)

Você já ouviu falar em Alfred Russel Wallace? Neste episódio, comentamos sobre como uma carta do jovem naturalista britânico escrita em meio a um delírio de febre influenciou Darwin a acelerar a publicação de A origem das espécies.

As histórias não nascidas (2)

Na sequência final, apresentamos mais histórias que puxam outras histórias que puxam outras… tudo a partir de A origem das espécies.

Bioma, viroma, cultura 

Como é a formação de um cientista no Brasil atualmente? No penúltimo episódio, damos um salto no tempo e abordamos quais são alguns dos caminhos possíveis para tornar as ciências mais acessíveis para todos.

Participação: Nurit Bensusan, bióloga, mestre em ecologia e doutora em educação pela UNB.

Massacres e libertos 

Na despedida da primeira temporada do Vinte Mil Léguas, o foco é racismo científico. Como a ciência legitimou o discurso racista no período pós-abolição no Brasil e o que Darwin teve a ver com isso? 

Participação: Matheus Gato de Jesus, sociólogo e autor de Massacres e libertos (2020).

 

Copan: edifício em movimento

Há 55 anos, o Copan abriga e cria histórias. As riquezas e complexidades do passado e do presente do maior complexo residencial da América Latina são tema deste podcast realizado pelo Pivô Arte e Pesquisa em parceria com a Megafauna.

Com cinco episódios em formato narrativo, Copan: edifício em movimento apresenta histórias e anedotas contadas por Mika Lins e outros moradores, além de arquitetos, funcionários e frequentadores do edifício. Traz ainda verbetes de conceitos-chave da arquitetura e do urbanismo explicados de forma simples. 

Você conhece o Copan?

De onde o Copan veio e para onde ele vai? Este podcast investiga em 5 episódios as muitas vidas que esse prédio icônico tem, cria e abriga – desde a fundação nos anos 1950, no centro de São Paulo, até hoje. Ouça as histórias de famosos e anônimos que habitam o edifício projetado – e renegado, depois reconhecido – por Oscar Niemeyer. Nosso passeio começa no térreo, passa pelo subsolo, entra nos apartamentos e chega até o topo, no mirante. Estreia em 20 de setembro de 2021.

Térreo

Seja bem-vindo. Estamos no térreo do Copan e, se você reparar bem, vai ver que o piso é inclinado, segue a topografia da cidade. O Copan é um edifício que brota do chão. Nossa visita a este marco arquitetônico paulistano e brasileiro começa nessa transição, do público para o privado, da rua para o condomínio. Os moradores Eduardo Ferroni, Humberto Pio e KL Jay contam histórias do prédio. Você sabia que o maior grupo de rap do Brasil, Os Racionais, começou aqui?

Fundação

Estamos no subsolo do Copan: aqui vemos as colunas que sustentam o prédio. E ouvimos histórias da época em que este enorme edifício de concreto começou a subir. Nos anos 1950, a promessa era de que o Copan seria o maior complexo hoteleiro da América Latina. O Rockfeller Center brasileiro. Uma usina de dólares para o centro de São Paulo. Não foi bem assim. É o que nos contam Sabrina Fontenele, Valter Fedorenko, Luiz Frias, Fernando Serapião e Mônica Junqueira.

Corpo

Estamos na galeria do Copan. E a partir dela a gente percorre as áreas comuns do prédio, onde encontramos moradores e funcionários, comerciantes e clientes, pedestres e animais – são milhares de seres que passam por aqui todos os dias. Como é viver e conviver nesse edifício que tem a dimensão de uma pequena cidade? A Janaina Rueda, o Walério Araújo, a Ana (Massami Ito), a Milena Gonçalves, o Edgar Rosa, o Eduardo Ferroni e o Humberto Pio contam seus causos cotidianos de Copan.

Apartamento

Estamos na menor unidade residencial do Copan. Nosso passeio começa por uma quitinete de 20 metros quadrados no Bloco B e vai até amplos apartamentos de três quartos do Bloco D. A descoberta dos interiores do edifício revela uma característica marcante da vida aqui: a diversidade. O Alberto Eloy, o Thyago Nogueira, o Eduardo Ferroni, a Mônica Junqueira, o Humberto Pio, a Ana (Massami Ito), o Walério Araújo, a Sabrina Fontenelle, o Caio Braz e a Rita Mourão falam dos diferentes jeitos de habitar o Copan.

Mirante

Estamos na cobertura do Copan. Do alto, temos a vista de São Paulo inteira. De que forma o edifício reflete a cidade? O modernismo envelhece bem ou mal? O Ezequiel dos Santos, a Sabrina Fontenele, o Raul Juste Lores, o Diego Matos, a Jessica Gonçalves, o Eduardo Ferroni, a Mônica Junqueira, a Flávia Santos e a Sol Camacho discutem os significados do Copan.