Descrição
Há um mundo imenso neste livro de Lilian Aquino. Bloqueado por muros, placas de interdição e outras fronteiras, esse espaço alargado só pode ser captado, porém, a partir de sinais difusos – um cartão-postal de Tübingen, uma pedra de Saturno, “os montes/ os santos os avós” de Minas, o céu aberto dos lunáticos. Os poemas, assim, são feitos de lembranças singelas, pequenos lapsos e descobertas ocasionais, desentranhadas de pichações, formigas na pia, borras de café, lascas de carvão e até mesmo de cacarecos ilegíveis. E com esse material precário, contra o excesso coercitivo das medidas de controle, Lilian nos propõe uma atenção flutuante, transportando-nos por surpreendentes desvios que apontam, como índices, para fora do “mapa mudo”.
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