Descrição
ma mulher de meia-idade, professora de uma universidade em Tóquio, vê-se, de um dia para outro, diante de duas situações incontornáveis: descobre que o marido está tendo um caso com uma mulher mais jovem, ao mesmo tempo que se vê obrigada a cuidar da mãe, uma mulher egocêntrica e exigente, cuja saúde frágil e o início de um processo de demência exigem acompanhamento constante. A herança da mãe – Um folhetim, de Minae Mizumura, parte da crise que se instaura na vida da protagonista para retratar uma classe média que vive entre os resquícios de uma sociedade tradicional e o contato com culturas ocidentais, pondo em xeque alguns valores e deveres impostos, sobretudo, à mulher.
A herança da mãe – Um folhetim foi publicado em capítulos ao longo de quinze meses no diário de maior circulação no Japão. Reconhecida pela inovação e experimentação formal de seus textos, Minae Mizumura se lançou na empreitada do romance-folhetim – essa “tradição moribunda”, como diz –, pensando em abordar ficcionalmente os momentos finais da morte da mãe, que acabara de vivenciar. A reação do público foi imediata. Como é comum em romances publicados em jornais, logo a autora começou a receber cartas de leitores que se identificaram com a questão do envelhecimento, a responsabilização feminina nos cuidados familiares, e a complexa relação mãe-filha. Essa, que é uma preocupação central nas sociedades modernas em que as populações têm vivido mais, superando as médias de expectativa de vida, é especialmente importante no Japão, que tem uma das populações mais velhas do mundo.
Mitsuki Katsura, a protagonista do romance, foge ao estereótipo da mulher japonesa submissa e respeitosa das grandes tradições. Na juventude, passou um período estudando em Paris.




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