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Salvamento
Dionne Brand
Zahar

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“Não me entristece o fato de Robinson Crusoé ser um escravagista. Me entristece ter que ler Robinson Crusoé como o homem universal. Não guardo esperanças em relação a nenhum aspecto de Robinson Crusoé que eu pudesse apreciar se ele não fosse escravizador.” É com essa verve demolidora, sem fazer concessões, que Dionne Brand desestabiliza qualquer perspectiva humanizadora em torno dos clássicos.

Nascida em Trinidad e Tobago, Brand parte de sua experiência traumática com a literatura britânica e retira o manto de universalidade que paira sobre a figura do “leitor” ao analisar obras que jamais foram escritas para uma leitora como ela — uma jovem negra no Caribe. Para a autora, essas obras manifestam o colonialismo como uma estética em que somente a experiência branca é dotada de significado, representada como uma vida que acontece e se move no tempo — e cujo sentido depende da sujeição de personagens negras.

Nesse sentido, se o contato com a biblioteca ocidental é uma experiência de naufrágio, Salvamento é um convite à rebelião contra a pedagogia colonial transfigurada em literatura, em que obras de autoria negra criam um inventário de sobrevivência e oferecem um mapa para a liberdade. Como quem incendeia um navio negreiro, Dionne Brand nos encoraja a experimentar, criar e imaginar um novo mundo em meio às ruínas de um edifício literário no qual a beleza da vida negra nunca teve lugar.

  • Páginas
    248
  • Encadernação
    Brochura
  • Isbn
    978-65-5979-243-6

Descrição

“Não me entristece o fato de Robinson Crusoé ser um escravagista. Me entristece ter que ler Robinson Crusoé como o homem universal. Não guardo esperanças em relação a nenhum aspecto de Robinson Crusoé que eu pudesse apreciar se ele não fosse escravizador.” É com essa verve demolidora, sem fazer concessões, que Dionne Brand desestabiliza qualquer perspectiva humanizadora em torno dos clássicos.

Nascida em Trinidad e Tobago, Brand parte de sua experiência traumática com a literatura britânica e retira o manto de universalidade que paira sobre a figura do “leitor” ao analisar obras que jamais foram escritas para uma leitora como ela — uma jovem negra no Caribe. Para a autora, essas obras manifestam o colonialismo como uma estética em que somente a experiência branca é dotada de significado, representada como uma vida que acontece e se move no tempo — e cujo sentido depende da sujeição de personagens negras.

Nesse sentido, se o contato com a biblioteca ocidental é uma experiência de naufrágio, Salvamento é um convite à rebelião contra a pedagogia colonial transfigurada em literatura, em que obras de autoria negra criam um inventário de sobrevivência e oferecem um mapa para a liberdade. Como quem incendeia um navio negreiro, Dionne Brand nos encoraja a experimentar, criar e imaginar um novo mundo em meio às ruínas de um edifício literário no qual a beleza da vida negra nunca teve lugar.

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