Buscar
0

Livros


Filtros

Filtros

R$69,00
Comprar
AIAS
Sófocles
Iluminuras

0 avaliações

Aias é o mais valoroso guerreiro grego depois de Aquiles. Quando Aquiles é morto em combate, Aias julga-se merecedor de suas armas. Foi ele quem defendeu o cadáver de Aquiles do assédio troiano, mas os chefes da expedição concedem as armas a Odisseu.O herói, despojado de sua timé (honra), quer vingança e pretende trucidar os responsáveis – antes aliados – e agora inimigos. Segue, à noite, doloso, para as tendas aquéias. Age de acordo com a máxima heróica do “fazer bem aos amigos e mal aos inimigos”.A deusa Atena intervém e atira sobre seus olhos “imagens extraviadoras” (v. 52).Arrebatado por “demente doença” (v. 59), investe contra os rebanhos do exército, crendo massacrar os inimigos.Por duas vezes, Aias ofendera os deuses. Quando parte para a guerra, seu pai o aconselha a triunfar sempre com a ajuda de uma divindade. Arrogante, alega que com os deuses qualquer um venceria. Ele deseja obter glória sem o auxílio divino.Mais tarde, quando Atena lhe oferece ajuda durante o combate, o herói a desdenha: que socorresse a outro, ele não precisaria dela. Atrai assim a ira divina: humano, Aias não pensa como mortal.No início da peça, encontra-se ele em sua barraca a supliciar uma rês, que acredita ser Odisseu. O verdadeiro Odisseu espreita o local, rastreando vestígios do ocorrido. Atena vai ao seu encontro e confirma as suspeitas: era Aias o autor da carnificina.A deusa o chama para fora e ele é só desatino: vangloria-se de seus feitos. Quando sai de cena, ela pergunta ao protegido: “Vês, Odisseu, a força dos deuses quão grande é?” (v. 118).Atena sugerira ao herói que risse do inimigo (v. 79), outra máxima heróica. Ao contrário, Odisseu apieda-se de Aias, pois com ele compartilha a instável e precária condição humana. Conclui que nada mais somos do que fantasmas, sombras vãs (vv. 125-6). Atena o exorta a jamais ser soberbo com os deuses, “pois um só dia dobra e reergue de volta / tudo o que é humano…” (vv. 131-2). Os deuses amam os sensatos.Nada mais alheio à têmpera de Aias, herói que não transige e que levará às ultimas conseqüências sua grandeza e soberbia: ele pensa, fala e age como um deus.Esta bela obra de Sófocles foi primorosamente traduzida e apresentada por Flávio Ribeiro de Oliveira. Sua versão revela fina e elaborada fidelidade ao original.A começar pela transliteração do nome do protagonista. Não é aleatória sua opção por Aias no lugar de Ájax.O próprio herói a justifica (vv. 430-33): seu nome ecoa a interjeição de dor (aiai, v. 430) com que inicia

  • Seção
    Clássicos; Teatro/Cinema
  • Ano de edição
    2000
  • Páginas
    160
  • Encadernação
    BROCHURA
  • ISBN
    9788573211740
  • Peso
    206 gr
  • Formato
    14 × 21 × 0.9 cm
  • Palavras-chave
    Literatura Clássica, Teatro

Descrição

Aias é o mais valoroso guerreiro grego depois de Aquiles. Quando Aquiles é morto em combate, Aias julga-se merecedor de suas armas. Foi ele quem defendeu o cadáver de Aquiles do assédio troiano, mas os chefes da expedição concedem as armas a Odisseu.O herói, despojado de sua timé (honra), quer vingança e pretende trucidar os responsáveis – antes aliados – e agora inimigos. Segue, à noite, doloso, para as tendas aquéias. Age de acordo com a máxima heróica do “fazer bem aos amigos e mal aos inimigos”.A deusa Atena intervém e atira sobre seus olhos “imagens extraviadoras” (v. 52).Arrebatado por “demente doença” (v. 59), investe contra os rebanhos do exército, crendo massacrar os inimigos.Por duas vezes, Aias ofendera os deuses. Quando parte para a guerra, seu pai o aconselha a triunfar sempre com a ajuda de uma divindade. Arrogante, alega que com os deuses qualquer um venceria. Ele deseja obter glória sem o auxílio divino.Mais tarde, quando Atena lhe oferece ajuda durante o combate, o herói a desdenha: que socorresse a outro, ele não precisaria dela. Atrai assim a ira divina: humano, Aias não pensa como mortal.No início da peça, encontra-se ele em sua barraca a supliciar uma rês, que acredita ser Odisseu. O verdadeiro Odisseu espreita o local, rastreando vestígios do ocorrido. Atena vai ao seu encontro e confirma as suspeitas: era Aias o autor da carnificina.A deusa o chama para fora e ele é só desatino: vangloria-se de seus feitos. Quando sai de cena, ela pergunta ao protegido: “Vês, Odisseu, a força dos deuses quão grande é?” (v. 118).Atena sugerira ao herói que risse do inimigo (v. 79), outra máxima heróica. Ao contrário, Odisseu apieda-se de Aias, pois com ele compartilha a instável e precária condição humana. Conclui que nada mais somos do que fantasmas, sombras vãs (vv. 125-6). Atena o exorta a jamais ser soberbo com os deuses, “pois um só dia dobra e reergue de volta / tudo o que é humano…” (vv. 131-2). Os deuses amam os sensatos.Nada mais alheio à têmpera de Aias, herói que não transige e que levará às ultimas conseqüências sua grandeza e soberbia: ele pensa, fala e age como um deus.Esta bela obra de Sófocles foi primorosamente traduzida e apresentada por Flávio Ribeiro de Oliveira. Sua versão revela fina e elaborada fidelidade ao original.A começar pela transliteração do nome do protagonista. Não é aleatória sua opção por Aias no lugar de Ájax.O próprio herói a justifica (vv. 430-33): seu nome ecoa a interjeição de dor (aiai, v. 430) com que inicia

Informação adicional

Peso 0,206 kg
Dimensões 0,9 × 14 × 21 cm

Avaliações

Não há avaliações ainda.

Seja o primeiro a avaliar “AIAS”

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Outros livros de Sófocles