Descrição
Como a maioria dos cinemas de rua do Brasil, o Cine Studio 33, em Miguel Pereira, também foi desativado e, depois de abrigar uma boate, virou uma igreja evangélica. Mas as histórias que foram contadas, na tela e fora dela, antes de se dissolverem, viram outra coisa. É o que encontramos em Cine Studio 33, de Estela Rosa, um livro que parte da imagem do antigo cinema e a utiliza como guia para explorar e também explodir as memórias de uma família, que se confundem com as memórias de uma cidade. Trabalhando o corte, a montagem e o movimento das imagens, Estela Rosa nos apresenta uma reunião de textos entre a poesia e a prosa, entre o diário e a criação ficcional, que nos convidam a pensar sobre as histórias que nos contam, as histórias que contamos e também aquelas que ficam suspensas. E é a partir dessas histórias, agora projetadas na tela escrita do Cine Studio 33, que podemos também chegar no pertencimento a algum lugar. Se as narrativas são os que nos mantêm colados ao mundo, esse novo livro de Estela Rosa chega para nos transportar para outros lugares e modos mínimos de existência, esses que só são enxergados quando colocamos alguma lente, real ou não, cinematográfica ou poética, sobre nossas próprias memórias.
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