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O PODER QUE FREIA
Massimo Cacciari
Editora Âyiné

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Na 2ª epístola aos Tessalonicenses, que a tradição atribuía a São Paulo, aparece a enigmática figura de uma potência: o katechon, algo ou alguém que contém-retém-freia o assalto do Anticristo, mas que deverá ser eliminado ou liquidado – para que o Anticristo se manifeste – antes do dia do Senhor. E a interpretação dessa figura é aqui o pano de fundo sobre o qual se desenvolve uma reflexão geral – em constante «acordo divergente» com a posição de Carl Schmitt – sobre a «teologia política», ou seja, sobre as formas em que ideias e símbolos escatológico-apocalípticos se foram secularizando na história política do Ocidente, até o atual esquecimento de suas origens.Com qual sistema político pode encontrar um compromisso o paradoxo monoteístico cristão, a fé no Deus-Trinitas? Com a forma do império, ou com a de um poder que freia, contém, administra e distribui? Ou se trataria, na verdade, de encontrar uma contaminação entre as duas? Muitas das decisões políticas que marcaram a nossa civilização giram em torno dessas questões, que na obra de alguns de seus maiores intérpretes, de Agostinho a Dante e Dostoiévski, alcançaram uma dramática representação.As reflexões formuladas neste ensaio se completam com uma antologia das passagens mais significativas da tradição teológica, desde a primeira patrística até Calvino, dedicadas à exegese da 2ª epístola aos Tessalonicenses, 2, 6-7.

  • Seção
    Ensaios/Humanidades
  • Ano de edição
    2016
  • Páginas
    256
  • Encadernação
    BROCHURA
  • ISBN
    9788592649159
  • Peso
    390 gr
  • Formato
    10 × 15 × 2 cm
  • Palavras-chave
    Ensaio, Filosofia

Descrição

Na 2ª epístola aos Tessalonicenses, que a tradição atribuía a São Paulo, aparece a enigmática figura de uma potência: o katechon, algo ou alguém que contém-retém-freia o assalto do Anticristo, mas que deverá ser eliminado ou liquidado – para que o Anticristo se manifeste – antes do dia do Senhor. E a interpretação dessa figura é aqui o pano de fundo sobre o qual se desenvolve uma reflexão geral – em constante «acordo divergente» com a posição de Carl Schmitt – sobre a «teologia política», ou seja, sobre as formas em que ideias e símbolos escatológico-apocalípticos se foram secularizando na história política do Ocidente, até o atual esquecimento de suas origens.Com qual sistema político pode encontrar um compromisso o paradoxo monoteístico cristão, a fé no Deus-Trinitas? Com a forma do império, ou com a de um poder que freia, contém, administra e distribui? Ou se trataria, na verdade, de encontrar uma contaminação entre as duas? Muitas das decisões políticas que marcaram a nossa civilização giram em torno dessas questões, que na obra de alguns de seus maiores intérpretes, de Agostinho a Dante e Dostoiévski, alcançaram uma dramática representação.As reflexões formuladas neste ensaio se completam com uma antologia das passagens mais significativas da tradição teológica, desde a primeira patrística até Calvino, dedicadas à exegese da 2ª epístola aos Tessalonicenses, 2, 6-7.

Informação adicional

Peso 0,39 kg
Dimensões 2 × 10 × 15 cm

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