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SISMÓGRAFO
Leonardo Piana
Macondo

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A primeira coisa que diz o narrador deste romance é uma pergunta: Quantas imagens são necessárias para contar esta história? Em uma procura de imagens para se lembrar e também para se esquecer, conhecemos Eduardo, que, alguns anos depois de deixar sua cidade natal como quem planeja uma fuga, se prepara para voltar a Andradas, levando na mochila um envelope cheio de fotografias. Sismógrafo é a história desse retorno, assim como das memórias que ficaram marcadas, aquelas dos lugares por onde ele passa, e aquelas indeléveis da chapa fotográfica. Enquanto acompanha o narrador em um movimento de reencontro com seu passado, somos apresentados também à história de Eduardo, seu amadurecimento numa pequena cidade do interior brasileiro, a criação católica e as experimentações da sexualidade. A narrativa de formação tem seu ponto de virada quando o protagonista conhece Tomás, um ano à frente no colégio, e uma fotografia coloca essa relação em xeque. Entre o dilema de Eduardo de se entender pela imagem e, ao mesmo tempo, tentar ultrapassá-la, vemos a construção de um painel de personagens que se chocam e se cruzam em uma trama lírica que, antes de caminhar para uma reconciliação entre aqueles que partiram e os que ficaram, é sobretudo um elogio ao tremor. As linhas que o sismógrafo desenha neste livro não são as dos movimentos do solo, mas sim as dos corpos que vibram no ritmo incerto do desejo. Partindo de uma experiência íntima, Leonardo Piana propõe uma leitura cortante e delicada da culpa e da violência associadas aos corpos dos homens gays. Livro vencedor do Prêmio Cidade de Belo Horizonte, Sismógrafo é também sobre uma geração que, nascida nos anos 90, enfrenta os horrores da vida adulta ao mesmo tempo que se depara com uma renovação do mundo tecnológico, com sua profusão de imagens a borrar as fronteiras entre o público e o privado. E essas imagens para sempre marcadas sobrevivem às distorções da memória, criando um tipo de memória infinita — a qual, mais do que construir zonas confortáveis de lembranças, impede violentamente que alguma coisa seja esquecida.

  • Páginas
    248
  • Encadernação
    BROCHURA
  • ISBN
    9786588750261
  • Peso
    300 gr
  • Formato
    14 × 1 × 21 cm

Descrição

A primeira coisa que diz o narrador deste romance é uma pergunta: Quantas imagens são necessárias para contar esta história? Em uma procura de imagens para se lembrar e também para se esquecer, conhecemos Eduardo, que, alguns anos depois de deixar sua cidade natal como quem planeja uma fuga, se prepara para voltar a Andradas, levando na mochila um envelope cheio de fotografias. Sismógrafo é a história desse retorno, assim como das memórias que ficaram marcadas, aquelas dos lugares por onde ele passa, e aquelas indeléveis da chapa fotográfica. Enquanto acompanha o narrador em um movimento de reencontro com seu passado, somos apresentados também à história de Eduardo, seu amadurecimento numa pequena cidade do interior brasileiro, a criação católica e as experimentações da sexualidade. A narrativa de formação tem seu ponto de virada quando o protagonista conhece Tomás, um ano à frente no colégio, e uma fotografia coloca essa relação em xeque. Entre o dilema de Eduardo de se entender pela imagem e, ao mesmo tempo, tentar ultrapassá-la, vemos a construção de um painel de personagens que se chocam e se cruzam em uma trama lírica que, antes de caminhar para uma reconciliação entre aqueles que partiram e os que ficaram, é sobretudo um elogio ao tremor. As linhas que o sismógrafo desenha neste livro não são as dos movimentos do solo, mas sim as dos corpos que vibram no ritmo incerto do desejo. Partindo de uma experiência íntima, Leonardo Piana propõe uma leitura cortante e delicada da culpa e da violência associadas aos corpos dos homens gays. Livro vencedor do Prêmio Cidade de Belo Horizonte, Sismógrafo é também sobre uma geração que, nascida nos anos 90, enfrenta os horrores da vida adulta ao mesmo tempo que se depara com uma renovação do mundo tecnológico, com sua profusão de imagens a borrar as fronteiras entre o público e o privado. E essas imagens para sempre marcadas sobrevivem às distorções da memória, criando um tipo de memória infinita — a qual, mais do que construir zonas confortáveis de lembranças, impede violentamente que alguma coisa seja esquecida.

Informação adicional

Peso 0,3 kg
Dimensões 21 × 14 × 1 cm

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